sábado, 1 de março de 2008

O escarro

in: http://catedral2.weblog.com.pt/

Porque a loira se encontra a curtir (gozando os lucros do seu estrondoso sucesso editorial) e porque eu dei sumiço às dezenas de blogs que mantinha moribundos, pedi emprestado este cantinho à loira (que o cedeu em troca de inconfessáveis favores) para vir dar conta de um assunto que, muito embora siga para tribunal, exige, antecipadamente, alguns esclarecimentos e explicações.

Na edição de 22/02/2008 do jornal "Correio do Alentejo", a crónica mensal que aí assino fez referência à companhia de teatro Arte Pública e às Cartas abertas ao presidente da CMBeja, que se presumem ser da autoria de Gisela Canamero (dirigente da referida companhia). Nesse artigo de opinião trago à coacção o que efectivamente foi provado em tribunal sobre as irregularidades da associação Arte Pública (por isso reproduzo novamente aqui parte da sentença proferida: “[os artigos] alertam-nos para o facto de todos os dinheiros atribuídos, ao que deveria ser uma associação, estarem, de facto, a ser geridos por apenas três pessoas, sem possibilidade de intervenção de outras, nem controlo dos outros órgãos” (TCB, 2º Juízo, 15-07-2002, p. 12), teço considerações críticas sobre a relação subsídios recebidos pela companhia/natureza e meios das produções da mesma, e especulo sobre os motivos que estarão na base das tais cartas abertas. O que aí escrevo, à excepção do que são factos, é a minha opinião, sujeita a refutação e discussão, e tem o direito de rebatê-la e responder quem a considerar injusta.

Em situação alguma dessa crónica ponho em causa o bom nome, honra, consideração e dignidade pessoais de Gisela Canamero, em situação alguma a calunio, difamo, injurio, ou devasso e ofendo com insinuações torpes a sua vida pessoal, familiar, académica-profissional.

E o que Gisela Canamero fez em resposta à minha crónica foi isto que se pode ler aqui.
Um post inominável que não contraria uma sílaba do que escrevi na citada crónica do "Correio Alentejo", e que visa exclusivamente a minha pessoa através de um ataque infame e vergonhoso, do qual terá de prestar contas e prova noutra sede de julgamento.

Entre várias escarradelas e derrames de pus, Gisela Canamero achincalha e intenta objectivamente descredibilizar quer a minha condição de autor, quer a de "politólogo", implicando ligações familiares e políticas, denegrindo a minha honorabilidade artística e intelectual de forma gratuita, ofensiva e não fundamentada. E é isso que gostava de esclarecer aos que passaram os olhos por aquele pestilento post.

1. Tenho 21 (vinte e uma) peças de teatro escritas desde 1999. Duas delas já editadas em livros, e uma terceira a caminho disso. Desses 21 textos, todos eles levados à cena por diversos grupos de várias zonas do país, só 2 (dois) é que foram representados pelo Grupo de Teatro Lendias d´Encantar, e isso aconteceu apenas nos últimos 3 anos. Antes disso não tive qualquer colaboração com o referido grupo.

2. Como "politólogo" sou co-autor de um Manual Universitário (Ed. Univ. Aberta), tenho artigos publicados em revistas, diversas comunicações em encontros, jornadas e congressos, vários artigos de análise política publicados em jornais nacionais de referência, várias participações e intervenções em programas de televisão ("Opinião pública", "Grande plano", "Revista de imprensa").

E tudo isto aconteceu depois das "alegrias da docência" (que a Gisela C. quis, tão rasteiramente, misturar), ou seja, depois de um processo disciplinar relativo a alegados factos ocorridos em 2000/2001, em que sou condenado por (na perspectiva de uma inspectora) incumprir o "dever de correcção". Processo cujo recurso corre no tribunal administrativo, e cujos meandros serão devida e oportunamente divulgados após o resultado do recurso.

Mas fez bem a Gisela Canamero em recordar isso (os chamados "trunfos escandalosos", mas já os esgotou), que foi amplamente noticiado e publicitado. É coisa pública e conhecida, e sobre ela pode qualquer um formar opinião e juízo. Grande vantagem!! Eu agradeço até. Pois ou o desfecho foi justo e eu cumpro justamente a penalização, ou foi injusto e eu suporto essa injustiça.

Mas pior, muito pior, é a condição dos que vivem no inferno de um dia, por força de denúncias, queixas, vinganças, averiguações, sindicâncias, auditorias, alguém mexer na "porcaria" e trazer à superfície aquilo que aparentemente está bem guardado na sombra do que já "se esqueceu" e "ninguém deu por isso". Esses vivem em sobressalto, em estado de permanente medo e receio. Especialmente quando os telhados da sua vida sentimental-sexual, académica, financeira-"contabilística", associativa... metem água por todos os lados...

8 comentários:

Anônimo disse...

Mas afinal, explique-me lá uma coisa que ainda não entendi, o seu livro Se não me comprarem mato-me são as histórias que você publicava aqui na loira suícida?

loira suicida disse...

Sim, fazem parte de um capítulo/secção do livro que se chama "loirices".

Anônimo disse...

Escute lá uma coisa. Comprei o seu livro"Se não comprarem, mato-me" e, verifiquei que, pelo menos 12 das historietas que você lá tem já tinham sido publicadas aqui no seu blogue "Loira Suicida".Procurei em todo o livro qualquer nota explicativa a dar conta disso e não encontrei nada...Não acha que, á dado conta disso ás pessoas que eventualmente comparam o livro?

Anônimo disse...

Escute lá uma coisa. Comprei o seu livro"Se não comprarem, mato-me" e, verifiquei que, pelo menos 12 das historietas que você lá tem já tinham sido publicadas aqui no seu blogue "Loira Suicida".Procurei em todo o livro qualquer nota explicativa a dar conta disso e não encontrei nada...Não acha que, á semelhança de outros autores que publicam livros a partir dos seus blogues, você deveria de ter dado conta disso ás pessoas que eventualmente comparam o livro?

loira suicida disse...

@ anónimo,
Tem toda a razão, devia ter aproveitado para promover e publicitar o blogue. Mas ele é tão fraquinho que achei que não valia a pena. De qualquer modo, vou passar-lhe a relação da proveniência/inspiração de todas as "historietas":
12 provêm deste blogue
7 foram antes publicadas num boletim paroquial de Vale da Tromba, concelho de Bragança
6 foram antes escritas na casa de banho da gare rodoviária Oliveirinha, concelho da Guarda.
4 foram impressas no rabo gorducho de um animal aparentado com os burros
3 escrevi-as no meu gabinete enquanto falava coisas porcas ao telefone com uma sueca radicada no Brasil.
2 escrevi-as nas costas de uma empregada de limpeza, que era também excelente a fazer massagens.
1 pari-a a sodomizar um corrupto cá da terrinha.
Todas as outras não faço a mínima quem as escreveu nem em que circunstâncias, mas tenho a agradecer a todos eles e elas, porque foram muito porreiros comigo e nem levaram dinheiro nenhum. Acho que sou uma loira com sorte.

Anônimo disse...

Ficamos assim esclarecidos acerca da origem e dos locais onde publicou as suas historietas.Contudo, isso não invalida aquilo que afirmei no post atrás: Deveria ter colocado uma nota esclarecendo os leitores de que uma parte significativa das historietas já tinham sido publicadas. A ordinarice com que responde é apenas uma tentativa de fugir com o rabinho...

loira suicida disse...

Já vi onde quer chegar... (mais uma acólita do plagiador e autoplagiador nojento cá do sítio)
E deixe lá estar o meu rabinho e cuide do seu... e lave-o, talvez, e aproveite e junto lave a boca também, com o mesmo detergente.
As crónicas foram "publicadas" neste blogue, efectivamente, e aqui eu dei conta que elas seriam incluídas no livro. Portanto, os leitores do blog foram informados que elas iram constituir uma secção ou capítulo do livro.
Não fui buscá-las a outro livro já antes publicado por mim assumindo-as como novidade, nem as "resmisturei" desse outro qualquer livro anterior para as incluir neste. Esse tipo de sacanice e canalhice intelectual pode encontrá-la no triste que V. Exa "lambe" ou serve.
Nem um blog assinado por "Loira suicida" sem confunde com um livro impresso com o nome real do seu autor, e como algumas das crónicas foram antes "publicadas" aqui, era aqui que eu devia informar os leitores, para não os defraudar caso fossem comprar o livro, que as encontrariam publicadas de forma impressa no livro "Se não comprarem, mato-me!". COMO FIZ EFECTIVAMENTE!
Quanto aos que compraram o livro sem conhecerem o blog, esses nunca poderiam dizer "ah, já vi isto publicado no sítio tal...", exactamente porque desconheciam o blog, pois se o conhecessem, sabiam que elas já lá tinham sido "publicadas". Como tal, fazer essa referência, só se justificaria para fazer publicidade ao blog, coisa que, repito, me pareceu risível.
Por isso, aponte V. Exa o seu rabinho noutra direcção, ou tape-o bem, porque a usá-lo assim ainda apanha uma coisinha má...

loira suicida disse...

o anónimo, ou anónima, ainda veio mandar beijinhos para toda a família, dizer que eu era o maior escritor vivo, e que se curvaria de costas à minha disposição. Ah, e apesar de teimar em que eu devia ter feito publicidade a este blog no meu livro, dando-o a conhecer aos largos milhares de compradores, pelo caminho chamou-me "pai". Isso eu não admito. Bastardos filhos da puta é coisa grotesca demais para eu aceitar. Ele(a) que comprove com o ADN e tal, até lá é apenas um verme que não resiste em dedicar-me sempre um bocadinho do seu imenso tempo livre.